Zodabar ... e não só!

 Hoje terminamos o dia no Zodabar, um bar excepcional, frequência muito animada, mistura de angolanos e Tugas, num ambiente de um calor humano fabuloso, de um requinte descontraído, propicio á conversa, com uma boa disposição e sorrisos abundantes, como reconheço que nunca conheci povo igual quando chega á hora do lazer. Em momento de convívio . . .são do verbo "ir" literalmente.

 Desde convívios em bares a petiscadas em casa...a musica não falta, a animação não falta, a dança não falta, a conversa não falta...cada qual na sua, cada qual com todos sempre na boa,conhecendo ou não, quem está é sempre bem vindo. 

 Normal festas em condomínios, no nosso, e é pequeno (60 moradias), são regulares e obrigatórias ao Fim de Semana em varias residencias, nas quais quem chega é acolhido como se de um conhecimento de há anos se tratasse, e terminam quando calhar...pois até lá festa é festa e a musica tem prioridade...vizinho que queira dormir, ou dorme assim, ou que durma amanhã . . .é assim, não se trata de opção mas de um modo de vida e onde são convidados 10, normal acabarem 30...sempre sem problema...pois a porta está aberta.

 Mas hoje, no zodabar, com musica ao vivo...senti o que jamais sentiria em qualquer Bar em Portugal, senti um clima arrepiante de quem cantava, de quem ouvia ... pela mensagem que passava uma musica que nunca me envolveu como  o que senti hoje ... Paulo Carvalho em ...

Os meninos (do Huambo e não só!!!)à volta da fogueira 

Vão aprender coisas de sonho e de verdade   

Vão aprender como se ganha uma bandeira

Vão saber o que custou a liberdade

E na verdade ... nesta realidade, olhando para este País hoje ... até eu sinto, compreendo interiormente a emoção, quanto mais quem por muito por cá passou e a uma velocidade estonteante está a ultrapassar...herois, verdadeiramente lutadores e exemplo para a quem, como eu, como tantos nós,  ainda pensa que conquistou muita coisa a pulso . . .pulso fraco o meu, realidade facil a nossa comparada com a "Tempestade" que por aqui passou!

Não me resta, senão revelar e recordar diáriamente a minha gratidão, pelo que a vida a mim e aos meus me poupou...pois, tantos outros não tiveram essa sorte imensa!